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Audi TT Coupé 2.0 TDI quattro

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Audi TT Coupé 2.0 TDI quattro Empty Audi TT Coupé 2.0 TDI quattro

Mensagem  TTED Qua Dez 03, 2008 9:59 pm

Atendendo ao historial recente da marca dos quatro anéis, no qual ocupam posição de destaque as três vitórias consecutivas dos Audi R10 V12 TDI nas últimas três edições das 24 Horas de Le Mans, a marca alemã é, sem dúvida, aquela que levou os motores de inflamação por compressão ao mais avançado estágio no meio da competição automóvel.

Como se sabe, as principais limitações dos motores Diesel em aplicações desportivas residem no ruído pouco inspirador e numa banda de potência demasiado estreita caracterizada por uma reduzida capacidade de se alongar em sobrerotação.

Ora, a sonoridade, sobretudo a de escape, foi um dos aspectos mais trabalhados pela Audi e, diga-se, com mais sucesso que qualquer outro construtor até à data. Para começar, o acorda do motor é acompanhado de um ronco abafado, inesperadamente encorpado e... bastante desportivo.

A baixos regimes, e com reduzidas cargas de acelerador, o motor de 170 cv alimentado por injecção Common Rail revela-se discreto, seja na insonorização seja ao nível de aspereza e vibrações.

Por fim, em situações de acelerador a fundo, a arrancada final que se sente às 3000 rpm vem acompanhada de uma nítida mudança de timbre.

Outro ponto curioso da personalidade deste motor está na entrega de potência.
Se esmagamos o acelerador de uma só vez, sentimos um primeiro pico de aceleração, seguido de um ligeiro poço antes de surgir o esperado fluxo de potência – parece que o turbo atinge (ultrapassa) muito depressa o seu valor máximo e necessita de deixar escapar alguma dessa (sobre)pressão ante de voltar a estabilizar dentro dos parâmetros admitidos pelo cérebro electrónico de comando do motor.

Em contrapartida, acelerando de forma progressiva conseguimos evitar este efeito e obter uma curva de aceleração mais eficaz e sustentada.

A relativa falta de resposta abaixo das 2000 rpm (suficiente para rolar e acompanhar o ritmo do trânsito mas a necessitar que se desçam uma ou duas relações ade caixa para exibir a autoridade esperada) e o ralenti Diesel são os pontos menos conseguidos.
Serra acima, serra abaixo
As impressões até agora expressas foram obtidas no trânsito urbano e sub-urbano de Madrid, enquanto nos dirigiamos rumo a algumas das melhores estradas de testes que conhecemos.

Situada a cerca de 50 km para norte da cidade que marca o centro geomátrico de Espanha temos a chamada serra de Madrid. O complexo de estradas que a atravessa parece saído do sonho de um ensaiador de automóveis, apresentando curvas para todos os gostos (rápidas, lentas, encadeadas, que abrem, que fecham, cegas, de bom piso, de mau piso, a subir ou descer, bem como numa enorme miriade de permutações de todas as anteriores...).

Após um par de circuitos por esse triângulo não existe nada que não se saiba sobre chassis, suspensões e travões de um carro. É uma espécie de prova real.

E o TT Coupé TDI quattro foi aprovado com distinção. Para o ritmo imposto é necessário colocar a suspensão em modo Sport e o ESP em modo desligado (mas vigilante, pois nunca se desliga por completo).
O modo Normal é muito confortável para rolar em cidade ou cubrir longas distâncias, mas falta-lhe a acutilância e a precisão que encontramos em Sport.

Quando sujeitamos o chassis a acelerações laterais e verticais elevadas, o amortecimento saltitante a baixa velocidade com baixas cargas aplicadas passa a perfeito. O TT devora as irregularidades, seja em apoio, em inscrição ou travagem, com enorme naturalidade e sem exibir qualquer reacção mais nervosa, mantendo a trajectória definida com enorme tenacidade.

A direcção, precisa, permite colocar com excatidão o trem dianteiro e o chassis transmite a confiança necessária para levarmos cada vez mais velocidade para as curvas, pois qualquer excesso pode ser dissipado num escorregar às quatro rodas muito progressivo e fácil de controlar.

A tracção quattro coloca toda a potência no chão sem stress, com o bonús extra de não sobrecarregar as rodas dianteiras e permitir que a traseira rode para ajudar a completar as curvas, conseguindo-se assim um realinhamento antecipado. Os travões aguentam as travagens fortes e frequentes sem mostrar perda de potência e mantendo o curso (e esforço) de pedal inalterado, ao passo que a caixa mistura rapidez, precisão e consistência em quantidades ideais – a boa resposta do motor a pequenos toques de acelerador facilita bastante o ponta-tacão.

Aliás, neste tipo de estrada montanhosa, fica-se com a ideia que poucos carros conseguiram fugir ao ritmo de um TT TDI quattro, sobretudo se o piso estiver molhado, pois tudo o que o motor nos dá é convertido em movimento de forma extremamente eficaz. O único senão é que, por vezes, entre duas curvas mais próximas, nota-se a tal falta de capacidade dos Diesel para fazer mais 1000 a 1500 rpm após o regime de potência máxima sem perder rendimento, obrigando a multiplicar o número de passagens de caixa.

Sem dúvida, o Audi TT TDI é um desportivo… Diesel!

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